A Marvel

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Em 1958, Kirby começou uma carreira extremamente prolífica na Atlas-Marvel. Em razão do baixo pagamento por página, ele produzia cerca de cinco delas por dia, fazendo de tudo: faroeste, aventura, fantasia… Mas os seus grandes trabalhos na época foram com os monstros de ficção científica que ele desenhou para antologias que tinham os deliciosos nomes de Strange Tales e Tales to Astonish. A sua arte era poderosa, tendo deixado uma marca que perdura até hoje, em monstros como Groot e Fin Fang Foom.

Groot em Tales to Astonish

Groot em Tales to Astonish

Em 1961, ele e o editor Stan Lee criaram o Quarteto Fantástico, um marco que revolucionou completamente os quadrinhos de super-heróis. Com o título, nascia o Universo Marvel, com a sua mistura de realismo e situações de proporções cósmicas.

Fantastic Four nº 1, início do Universo Marvel

Fantastic Four nº 1, início do Universo Marvel

Kirby, também em parceria com Stan Lee, criou o Hulk, o Thor, os X-Men, o Homem de Ferro e tantos outros. Mais que isso, ele forneceu à Marvel o estilo pela qual ela ficaria conhecida. Não é exagero afirmar que os pontos de vista de Kirby se tornaram a filosofia de toda a companhia. Ele foi o padrão a ser seguido durante quase uma década.

O retorno do Capitão América em Avengers nº 4

O retorno do Capitão América em Avengers nº 4

Stan Lee e Jack Kirby em 1966

Stan Lee e Jack Kirby em 1966

Os conceitos despejados mês a mês nos títulos em que ele trabalhava eram algo absurdo. Uma das (muitas) lendas que correm na Marvel é que quando Kirby foi desafiado a fazer que o Quarteto Fantástico enfrentasse Deus, ele criou Galactus, nascendo aí o que é por muitos considerado por muitos o ápice de sua passagem pela Marvel. Não foi à toa portanto que Fantastic Four se tornou leitura obrigatória nos campus das universidades americanas na época. Mesmo sendo um homem maduro, Kirby entendia como ninguém a juventude daquele período.

Galactus

Galactus

Além disso, Kirby começou cada vez mais a fazer experimentos visuais que expandiram os limites da indústria. Ele usava foto-colagens nas capas e interior das revistas e criou sua marca registrada, o “Kirby Krackle”, uma elegante solução para representar campos de energia.

A arte impactante de Kirby influenciou gerações

A arte impactante de Kirby influenciou gerações

Mas o relacionamento entre o artista e Stan Lee não andava muito bom no final dos anos 1960. Foi então que Kirby recebeu uma oferta que lhe foi impossível recusar.

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